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Celebridade homossexual sul-africana cancela visita ao Zimbabué após queixas conservadoras (05-11-20

  • ndsce9
  • 16 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Um homossexual sul-africano cancelou a sua visita ao Zimbabué, no âmbito da reabertura de um restaurante gourmet, devido a queixas de um grupo de igrejas conservadoras e de membros do partido no poder.


O cancelamento da visita de Somizi Mhlongo deu destaque à discriminação que os membros da comunidade LGBTI (lésbicas, 'gays', bissexuais, transgénero e intersexuais) enfrentam diariamente no Zimbabué, onde a homofobia está em alta, explicou um grupo ativista.


Membros da juventude do partido no poder, Zanu-PF, e do Conselho Cristão Apostólico do Zimbabué ameaçaram bloquear a aparição de Mhlongo.


Os proprietários do restaurante não comentaram o assunto.

Mhlongo, que organiza eventos de restaurantes gourmet na África do Sul e faz parte do júri do programa televisivo Ídolos da África do Sul, anunciou que não iria viajar para o Zimbabué.


"A verdade é que há pessoas no Zimbabué que não querem que eu vá com base na minha sexualidade, [eles] deixaram isso bem claro",explicou Mhlongo através da rede social Instagram.


O Zimbabué tem um forte historial de discriminação e assédio contra pessoas LGBTI, e o antigo presidente Robert Mugabe chegou a afirmar que eram piores "que cães e porcos" e que não tinham direitos legais.


O Presidente Emmerson Mnangagwa pronuncia-se menos sobre o tema, mas a hostilidade de alguns setores da sociedade mantém-se.


A contestação face a Mhlongo "não é um incidente isolado", disse o diretor do GALZ (‘Gays’ e Lésbicas do Zimbabué)​​​​​​, um grupo de direitos LGBTI, Chester Samba.

A discriminação "atua de muitas maneiras", disse à agência de notícias Associated Press.


Por vezes, quando pessoas LGBTI denunciam crimes como roubo e violência contra si, "a polícia prende-as e não ao perpetrador, muitas vezes na esperança de extraírem dinheiro às vítimas explorando o seu medo de exposição", explicou Samba.


Membros da comunidade LGBTI do Zimbabué também enfrentaram discriminações ao tentarem ser vacinados contra a covid-19, declarou.

O GALZ tem trabalhado para "apoiar a campanha de vacinação através de parcerias com prestadores de serviços de saúde para fornecer serviços em instalações” onde as comunidades se sintam confortáveis em aceder “sem assédio", concluiu.


O debate sobre o assunto tem sido intenso nas redes sociais do Zimbabué. Algumas pessoas acusaram os grupos anti-LGBTI de hipocrisia ao associarem-se abertamente a grupos religiosos que promovem casamentos de crianças.





 
 
 

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