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Entrega do relatório sobre crimes do ex-PR da Gâmbia adiado indefinidamente (30-09-2021)

  • ndsce9
  • 15 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

A cerimónia de entrega do relatório da Comissão da Verdade, Reconciliação e Reparação (TRRC) ao Presidente da Gâmbia, Adama Barrow, agendada para hoje, sobre os alegados crimes do antecessor Yahya Jammeh, foi adiada indefinidamente, anunciou a entidade.


Um membro da Comissão da Verdade, Reconciliação e Reparação (TRRC) disse à agência France-Presse (AFP), sob a condição de anonimato, que ainda não estavam preparados.

A entrega deste relatório sobre a governação de 22 anos de Jammeh, que contém 16 volumes, estava, inicialmente prevista para julho, mas teve de ser adiada pela TRRC devido à quantidade de informação. Este é o segundo adiamento, mas agora com data indefinida, declarou a Comissão à AFP.

A entidade, criada em 2017, ouviu de janeiro de 2019 a 28 de maio de 2021 cerca de 400 testemunhas, vítimas, e também os antigos `junglers` (membros dos esquadrões da morte, criados durante o regime de Jammeh).

No início de setembro foi anunciada uma aliança entre o partido de Adama Barrow e o de Yahya Jammeh, tendo em vista as eleições presidenciais de 4 de dezembro, em que o atual Presidente tenciona recandidatar-se.

O Centro para Vítimas de Violações de Direitos Humanos da Gâmbia considerou a aliança como uma "ameaça à implementação das recomendações da TRRC", e acusou Barrow de "abandonar os cidadãos gambianos" para "regressar aos braços deste tirano assassino e violador".

No seu relatório final, a Comissão pode recomendar a acusação e propor amnistia para os infratores dos direitos humanos que tenham testemunhado e expressado remorsos, com exceção para os crimes contra a humanidade.

O governo tem seis meses, a partir da data de publicação do relatório, para implementar as recomendações da TRRC.

A comissão tinha descrito as violações dos direitos humanos de Yahya Jammeh como "maciças, terríveis e diversas", num relatório intercalar divulgado em abril de 2020. Este relatório citava torturas, execuções extrajudiciais, violações, desaparecimentos forçados, detenções e prisões arbitrárias.

Yahya Jammeh esteve no poder entre 1994, através de um golpe de Estado, e 2016, quando perdeu as eleições para Adama Barrow. Durante seis semanas recusou-se a deixar o cargo, mas foi obrigado a deixar a Gâmbia, partindo para a Guiné Equatorial, através da intervenção militar da África Ocidental e da mediação da Guiné Equatorial e da Mauritânia.

 
 
 

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